Quisera ser capaz de me apaixonar todos os dias... Saber brilho no olhar / Saber luz do Sol / Saber noites de luar / Saber canções de amor
Quisera (re)inventar, (re)criar, (re)encontrar, algo em linhas, entrelinhas... algo entre o (res)PIRAR vindo de ti que não consegue me creditar, por eu ser desprovida da essência da vida, por não enxergar o mundo de lado nenhum...
Quisera ser o não existir... Ah! Esse eu sou. O não existir. O não interpretável. A literatura perdida...
Embora seja oca, inerte, desprezível, indesejável... Iludo-me.
Apaixono-me por ti letra a letra. Apaixono-me por ti a cada vento que toca seu rosto em sua doce liberdade. Apaixono-me por ti na fumaça que de tua boca sai por tuas narinas. Apaixono-me por ti nas canções de blues...
Apaixono-me por ti quando os pés descalços tocam o chão / Quando a Lua do alto sorri / Quando diz não e sei que é sim ou, quando nada diz... Sabendo ser poesia minha...
Quisera ser capaz de me apaixonar todos os dias por ti que sem saber me conhece, me esquece, me enlouquece, me descreve, me reinventa, me cria, me encontra e me perde a cada novo dia tedioso, fazendo-me crer ESSÊNCIA, verso e reverso de não sei o quê, não sei pra quê...
Conto até 8, dez não é ritmado ao bailarino... embora eu já esteja descompassada e sem bagagem a busca.
M. P. / Lisbella Lispectra
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