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Mostrando postagens de junho, 2020

QUANDO EU ME DESCOBRI NEGRA

Muitos vão dizer: “Nossa! Como assim se descobriu negra?” Exatamente. Por isso, eu tentarei explicar aqui um cisco da necessidade de se descobrir ser o que se é... Quando eu me “descobri”. Porque a gente nasce negro, porém, só se descobre negro quando aceita esse fato, não como algo punitivo (como nos fazem pensar durante grande parte da nossa vida), e sim, com consciência de ser. O atual “empoderamento”. Pois, nos tiram tanto... Nos minimizam... Nos hiperssexualizam... Nos rebaixam a condição de coisa, de objeto, de só mais um corpo, de mais um número dentro das estatísticas... Que a gente nega o que é, até mesmo sem perceber, para tentar que nos percebam e nos aceitem, e aí, deixamos de ser... Então, sim! A gente precisa se descobrir negro. Se apropriar do direito de ser gente. Ser a gente mesmo, e se saber lindo. A primeira vez que eu olhei no espelho, e pude me orgulhar do que eu via, é uma lembrança pertencente a um futuro muito mais recente do que eu gostaria que foss