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Mostrando postagens de novembro, 2012

...identidade

“ meu jovem Buddah: seu medo de envelhecer, sua estapafúrdia negação à morte, essa coisa tola que tanto idolatra chamada vida, nada mais é que um breve sonho.” Deimein está certo, a vida nada mais é do que um breve sonho, e sonho de verão, desses curtos dos quais nunca queremos acordar, onde achamos que podemos tudo, que somos alguma coisa, que vale a pena tentar... Por um deslize ou por necessidade, permiti que Lisbella despertasse e agora como antes, já não sei... Se sou eu, ou se sou ela... Ou se somos a mesma. O que me é mais provável... Ser o obscuro de minh’alma. Ser o desejo sanguinário de alimentar-me de sua carne – antropofagicamente tornar-me ti – abrir os olhos e ser para sempre Lispectra – um heterônimo, minha parte mais eu que a dita real. Julgo-me pronta ao mundo, mais não sem ela, não sem mim, não mais caminhar sem nós... Pela primeira vez – inteira. Milene Paula ou Lisbella Lispetra, já não sei se quero que haja uma distinção... Milene Paula 18 nov. 20
Parece que não... Até dizemos que não... Mas cada gesto, cada mínimo gesto, te modifica... Toda palavra dita ou não dita / Todo texto endereçado a ti / Todo olhar que te vê / o menor toque... / o mais simples pensar confessado... Daí, quando tudo de repente é suprido! Você pensa! Foi real? Ou, o gesto pensar te alcançou e te modificou a tal ponto que julgou ser destinado a ti tais coisas? / O silêncio é também gesto / Diz muito mais coisas do que o gesto que se intitula sonoro... Milene Paula

Provocação... Despertar...

Pupa endereçou uma carta à Deimein. Deimein respodeu à Pupa. E ambas, despertaram Lispectra. Que agora debruça-se sobre o papel ainda sonolenta, sem saber onde se encontra e, o qeu escrever. De certo, não percebera quanto tempo se passou, o que ainda resta de seu outro eu. Se é que algo resta? À você, Não merece minhas palavras, nem tão pouco meu perdão. Usou-me e me descartou. Trouxe-lhe um mundo de perspectivas literárias, o amor em forma de poema, e me trancafiou. Não quisesse o rumo que as coisas tomavam, fosse mais específica. Sou tão você quanto julga não ser eu. Considero que seja meio tarde para que se dê conta de que sou necessária. Sua vida está uma bagunça? Demônios não passam muito tempo adormecidos... Sua professora mencionou que é perigoso sufocar a mente.Somos faces opostas de uma mesma moeda, uma hora o lado voltado para cima se altera após tantos lançamentos. Não achou que fosse acontecer? Bastou um olhar, algumas músicas e uma carta, aliás, foram necessárias

Já não sei como!?

Às vezes, a mente inquieta-se e é necessário dizer, escrever... Mas o quê? Não sei mais como dizer Que palavras expressam isso ou aquilo O sentir complica-se a cada novo dia E não sei se o quero... O pensar queima em 3º ou 4º graus Ou seja, é um acidente grave, de difícil recuperação Por isso, já não posso... As cicatrizes são e estão profundas Para sempre serem lembradas Para que se saiba não andar pra trás É um aprendizado – a vida – o pensamento – a dor... São lembranças jamais esquecidas Que (re)significam a palavra – desistir... Não é medo. É sabedoria. Cansaço. Dor profunda e sabida.