O
céu armou-se em fúria, conturbado com os desvarios do homem. Não se importam,
por que haveria de se importar?
Uniu
forças, reuniu nuvens, enegreceu e pôs-se a cuspir impropérios. Cicatrizes
brancas rasgaram sua face antes azul, nesse instante, não mais...
Todos
tremeram ante a proporção de sua raiva. Abrigaram-se, esconderam-se, rezaram...
Na espera do pior.
Deu
um último suspiro num raio que não se ouviu... Silenciaram.
Olharam
para o céu e ele voltara a se abrir... A criança indagou a mãe sobre o que
acontecera, e a mãe respondeu:
-
Foi só um cisco no céu...
Apenas
algumas gotas ele se permitiu derramar, não se equivaleria ao homem, és muito
mais forte. E com uma réstia de sol permitiu-lhes desesconder...
Milene Paula
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