A única certeza que temos é a de que um dia
vamos morrer. Errado.
Negamo-nos a ver que para continuarmos vivos,
temos que envelhecer. E isto, embora, sabido, é negligenciado.
Buscamos formas de “retardar” o
envelhecimento, para prolongar a vida (irônico o ser humano, não é?). Prolongar
a vida é prolongar o ato de envelhecer.
E por que razão será que isto nos assusta?
Eu gosto da forma como os meus textos
alimentam-se para serem escritos. Gosto das coisas, formas e imagens que
provocam meu descodificar.
Hoje foi um seminário sobre “envelhecimento”.
Um seminário!? A gente nunca espera que
um seminário seja algo provocador, ao menos, eu não esperava que assim o fosse.
Surpreendi-me!
Quando algo me põe a refletir... Escrita.
Ma-tu-ra-ção.
Voltemos ao velho. Soa ruim, né? Velho.
Como algo que não se quer, não se deseja, não
orna, não brilha. Como algo que não é, e nunca se quer ser.
A partir do momento em que se nasce já se
caminha a ser velho, ao envelhecimento, diferentemente de “Benjamin Button”.
Muito se faz ao rejuvenescimento quando o “natural”
é envelhecer.
Medo da morte? Viver é oneroso, meu caro! Por
que buscas a fonte da juventude?
Qual o sentido da vida?
Somos vários em um.
A qual um você está dando prioridade?
A qual área de sua vida?
O que de fato você está a fazer do seu tempo
disponível?
Se o preocupa ser velho, o que sua alma está
a agregar para que amadureça ou para que apodreça?
Morrer não é nossa única certeza. Ignoramos
que para continuarmos vivos é necessário envelhecer. Mas, nunca pensamos nisso
de fato. Numa maneira de tornar isto bom.
Antigamente o ancião era o ser mais
respeitado pela comunidade. Hoje lhe reservam “lares”. E esta inversão de
valores realmente é de dar medo. Antes um sábio e hoje inábil...
O ser humano não é (ao menos não em corpo),
mas, se acha imortal. E acha que não precisa de nada e de ninguém.
Outra vez errado.
O problema não é ser velho. O problema é de
que maneira você se propõe a envelhecer.
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