De onde eu vim os “super heróis” não chegam. Por aqui, é um por todos e, todos por um, e o UM e o TODOS sabem que a “bala perdida” tem o nosso endereço. Somos nós que baixamos o olhar e dizemos “sim, senhor... não, senhor”, que, só por termos “a cor dos quatro Racionais”, somos os suspeitos. Errados pelo simples fato de existir.
A cada dia um novo “caso
isolado” é filmado... É possível nos ver morrendo pelo ângulo que você
preferir. Mas, a ordem, ou melhor, o lema é “servir e proteger”. A quem?
Porque, como eu disse, de onde eu vim, o grito de socorro é julgado. Para ser
validado, é necessário estar em um certo lugar da cartela de cores. Mas,
atirasse primeiro e elabora uma história depois. E o responsável é realocado
até que a poeira baixe, afinal, ele está servindo e protegendo. Servindo um
espetáculo aos que acreditam que a nossa vida nada vale, servindo mais um corpo
preto no chão (talvez, a nova bandeja de prata). E protegendo todos aqueles
coniventes com esse legado.
“Ah mas, estão doentes,
exaustos, sobrecarregados...” Todos estamos! Uns ainda mais, pois, além de
tudo, estamos com medo, e o pior, não temos a quem recorrer.
Está mais do que na
hora de rever, reformular, começar do zero. Mas, o problema, é que mesmo
filmando, ninguém vê, ninguém ouve, ninguém fala.
- “Ei, menina! Tá
fazendo o quê aí?”
- “Nada não, senhor!”
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