Não há força nem a escrita. Busco, olho,
pergunto. “– Onde foi que me perdi?” Quem é essa que vai ao espelho? Essa, a
que quase nunca sorri? Parece que perdeu algo muito importante. A essência de
alma, talvez. O ecoar de um grito. Uma voz...
Quem é essa que já não posso lembrar? De
certo era íntima. Alguém que sempre vinha me visitar. Estranho! Não sorri! Por
que será? Carrega um pesar em sua face... Caminha com dificuldade... Quem será?
Já não me lembro com clareza, és apenas um vulto que se faz familiar.
Quisera reconhecer-te, nessa nova face minha.
Ser eu... apenas lembrar. Tirar-me das memórias tristes. Implantar-me num
sonhar-refém de um novo alguém que não consigo identificar. Ter, ao menos
restaurado o prazer do escrito-mito-alma meu.
Milene Paula
18 abr. 2013
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