Por muitas vezes eu não sei por onde começar. Não faço ideia de como as histórias começam, pois, quando a gente se dá conta, estamos totalmente envolvidos no enredo, independentemente de ser ou não a personagem principal. Eu tenho feito parte de algumas histórias... E, não sei precisar em que momento saí de observadora, mera coadjuvante, para a personagem da qual exigem ação. Tenho decisões a tomar que redicionarão toda a trama. Quebra de padrão. Rompimento de ciclo. Revelação das faces por detrás das máscaras... Será que eu pulei o prefácio? Ou me perdi na eloquência do narrador? Tudo o que sei (sei!?), não, não sei. Como desfaço? Em pensamentos me perco. Mil vozes que não calo. Atrás de um desfecho de uma história que eu nem sei como começou, mas exige um ponto final. Quiçá, eu não seja uma das personagens, e sim, apenas um autor perdido com a sua caneta na mão. Q...
De onde eu vim os “super heróis” não chegam. Por aqui, é um por todos e, todos por um, e o UM e o TODOS sabem que a “bala perdida” tem o nosso endereço. Somos nós que baixamos o olhar e dizemos “sim, senhor... não, senhor”, que, só por termos “a cor dos quatro Racionais”, somos os suspeitos. Errados pelo simples fato de existir. A cada dia um novo “caso isolado” é filmado... É possível nos ver morrendo pelo ângulo que você preferir. Mas, a ordem, ou melhor, o lema é “servir e proteger”. A quem? Porque, como eu disse, de onde eu vim, o grito de socorro é julgado. Para ser validado, é necessário estar em um certo lugar da cartela de cores. Mas, atirasse primeiro e elabora uma história depois. E o responsável é realocado até que a poeira baixe, afinal, ele está servindo e protegendo. Servindo um espetáculo aos que acreditam que a nossa vida nada vale, servindo mais um corpo preto no chão (talvez, a nova bandeja de prata). E protegendo todos aqueles coniventes com esse legado. “Ah mas,...