Estamos em meio a uma onda que não se pula, e nem se surfa. Bem semelhante a um tsunami.
Perdemos
as contas dos dias que acreditávamos ser finais. Ingenuamente, dizíamos: “novo
normal”.
Esperança...
O que esperávamos? O que ainda esperamos? A cura!? Um milagre!? Quem sabe
somente respeito pela vida, pelas milhões de vidas. Parar a morte... Parar a
fome...
Fechar
os olhos e quando abrir, ver que a tempestade passou. Que o pesadelo não pode
te alcançar, agora que seus olhos estão abertos. Aquele chacoalhar que te
desperta, acompanhado de um “estou aqui”.
Não
há abraços...
Não
há voz...
Não
há despedida...
Esse
pesadelo já passou de trilogia. Já é muito mais do que uma sequência ruim. E
foi filmado em 3D.
Batem
na porta, e ninguém atende. Os corpos vão chegando, vão chegando, vão
chegando... E são deixados na calçada.
Estamos
lotados. Não há vagas.
Um
grito abafado.
Outra
pá cheia de terra.
-
Por favor, um prato de comida!
Festa,
festa, e mais festa (será que estão bebendo aos mortos?)
As
escolas “têm” que abrir.
A
economia “não pode” parar.
Mas,
o governo “vai ajudar” com 150 reais.
“É
preciso” abrir os templos para os fiéis clamarem (porque de casa o sinal não
chega em deus, deve ser isso)
O
futebol não pode ser interrompido...
Olha! Eu não sei aonde é o nosso fundo do poço, mas é bem além do pré sal.
👏🏿👏🏿👏🏿
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