Eu sou assim. Poema sem dedicatória. Palavras
sem destino algum. Emudecida de um sentir privado. Não gostando por proibição. Ensaiando
diariamente estar bem, pois, não caibo no propósito. Não caibo em pulsação. Só.
Na ilusão do ainda acreditar.
Tentar... Coitada... Eu sou assim.
Palavras não ditas e decifradas. Eterno
trilhar solitário. Noite. Poemas vãos. Olhares não mais cruzados. Segredos não
confessos. Nenhum roçar de mãos...
Mandam. Obedeço. “Não quero você!”
Não precisou nunca ser dito por boca. Vêm em
não gestos. Vem em não estar. Vem em forma do não querer de ti – Eu... Sou
assim. O ninguém de muitos alguéns. Poema sem dedicatória. Noites em solidão. Pura
compreensão de estar só.
Milene Paula
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