E
sorrateiramente a morte estava a sondar meus pensamentos... Abanei... Deixei
pra lá. Na TV o anúncio da morte de um grande líder. Entre nós (não menos
líder) um pai, avô, tio-avô e, recentemente, bisavô. A morte não é ímpar.
Costuma levar consigo mais de um exemplar... E, quando mexe com família,
família grande, triplica o derramar de águas... O lembrar de momentos... Torna
ainda maior a saudade.
Não me
agrada a visita da morte.
Nunca
se sabe a melhor maneira de servi-la... O que ela leva nunca é pouco. Muito se
paga ao ceifador.
Estremece
a ideia de fechar os olhos pela última vez...
E ela
estava a me sussurrar...
Tenho
medo desse diálogo com ela. Prevê-la. Entendê-la. Esperá-la...
Embalou
meus sonhos. Tomou um café, embora tenha pedido por chá. E, surpreendeu-me pela
manhã. Espere... Já é noite. Ela costuma carregá-los a noite para que os chore
pela manhã... Quase todos eles chorados nas manhãs.
Não me
agrada a visita da morte.
Chega.
Senta-se. Não balbucia uma única palavra. E se faz entender.
Milene
Paula
12
dez. 2013
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