Cansada de tentar entender o porquê não eu?Encontrar sentido nas ausências dos vazios nunca preenchidos
Não há como enquadrar o enquadrável, justificar a solidão
Quem sabe este seja eu
Um mar incapaz de saciar a sede por seu teor salíneo
In-com-pa-ti-bi-li-da-de...
Punhado de sonhos perdidos ao abrir dos olhosVontades contidas em sabores não reconhecidos
Assim como os rostos, abraços, e bocas
Que até posso desenhar, por trazer na memória
Claro, que de outra vida, embora não saiba existir
(mas espero ter sido feliz em outra)
Porque memória é do que se viveu, experimentou, saboreouE desejou ter pra sempre...
SolidãoNão é estado, é sobrenome
Meu sobrenome – identidade - impressão digital
Cansada de tentar entender o porquê?
O belo, o saber e o amor tem um dialeto próprioA beleza da lua é luar para uns e poesia para outros
Serenata a quem se atreveu
E simplesmente lua a ser observada da janela e indagada:
- Por que não eu?
Me importei outrora, hoje sou observador
Traçarei um novo caminho, um que me faça sorrir
Como um cigarro que é tragado e o olhar se perde na fumaça dançante
O gole que deveria sessar a tristeza
A primeira mordida dada na tentativa de saciar a fome
Brindar a um bem maior
Estou cansada!
Não me dê explicações do porque não eu?A resposta não me fará melhor...
M.P.
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