Abriu a porta. O ar cortou-lhe a face. Estava úmida. Chorara outra vez. Olhou o céu. Estava lindo. Só não notava mais. Amarguro-se. Calou-se. Fechou-se. Não era útil. Não se julgava útil. Necessário. Não lhe dariam falta. Ninguém notaria sua ausência. Era alto ali. Pensou. Já teve medo de altura. Agora!? O que era o medo? Em vista de tudo. Em vista de sonhos perdidos e confissões à lua. Nada! Assim como este corpo rasgando o céu e terminado ao chão.
Milene Paula
(03 jun. 2010)
Milene Paula
(03 jun. 2010)
Comentários
Postar um comentário