A única certeza que temos é a de que um dia vamos morrer. Errado. Negamo-nos a ver que para continuarmos vivos, temos que envelhecer. E isto, embora, sabido, é negligenciado. Buscamos formas de “retardar” o envelhecimento, para prolongar a vida (irônico o ser humano, não é?). Prolongar a vida é prolongar o ato de envelhecer. E por que razão será que isto nos assusta? Eu gosto da forma como os meus textos alimentam-se para serem escritos. Gosto das coisas, formas e imagens que provocam meu descodificar. Hoje foi um seminário sobre “envelhecimento”. Um seminário!? A gente nunca espera que um seminário seja algo provocador, ao menos, eu não esperava que assim o fosse. Surpreendi-me! Quando algo me põe a refletir... Escrita. Ma-tu-ra-ção. Voltemos ao velho. Soa ruim, né? Velho. Como algo que não se quer, não se deseja, não orna, não brilha. Como algo que não é, e nunca se quer ser. A partir do momento em que se nasce já se caminha a ser velho, ao envelhecime