Essa
expressão é sonoramente gostosa “I make a
wish”, por isso, grafo em inglês.
Eu faço
um pedido, ou um desejo: que as pessoas se conscientizem, possam abrir os
olhos, que sejam estalados os dedos, e o mundo possa fazer sentido.
Eu faço
um pedido, ou melhor, eu tenho um desejo, um desabafo... Agora é por 3,80, já
foi por 3,50 e, aos que moram na região do ABC, é por 4 reais. Pra ir, pra vir,
pra voltar, pra retornar, pra tornar a vir, pra regressar. Trabalha-se para
caminhar, para que se pague o caminhar: apertado, desengonçado, suado,
resfriado, abafado, atrasado, saculejado, com falha no trecho... Daí, pensa-se:
“Vou comprar um carro!”. Pra andar a 50km/h em fila colado na bunda de outro
carro? Saímos de uma caixa para entrarmos em caixas cada vez menores (a última
é o caixão, no aumentativo mas, feito sob medida).
Se por
uma hora de um dia qualquer ninguém fosse e nem viesse. Se por uma hora apenas
ninguém gastasse um centavo se quer com transporte público. Se por sessenta
minutos o nosso dinheiro fosse nosso, não seria o nosso bolso a doer. Não
seríamos nós a reivindicar, acreditem!
O povo
nem desconfia do poder que tem, e para a minoria isso é bom (para os que fingem
governar), e à grande maioria, tudo o que resta é... make a wish, ouvir o estalar de dedos e abrir os olhos.
I
make a wish...
Milene Paula
29 jan. 2016
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