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Mostrando postagens de 2015

PARECE ERRADO SER TÃO CERTO

De repente ali, sem mais nem menos, ao seu tempo. Todos os clichês, dos mais comuns aos mais ridículos, fizeram-se (SER), estar, crer, viver. Um dia, de frente ao espelho, a encarar-me, decidi: "(SÊ)R FELIZ!" Porém, achava que o seria sozinho. Havia decidido. Ser feliz (SÓ)-ZI-NHO. Porém, numa resposta à prece antiga, disse-me Deus: "Pegue seus SÓS, abandone um "S" e acresça um "N" (NÓS). E, como em Lispector, soube que o avesso é meu lado mais que certo. Sorrir passou a ser natural. De repente, parece errado ser tão certo. Querer estar sempre perto. Caber e se perder num único abraço. O SEU... Os poucos dias parecem anos. Contabiliza-se pelo fato de ser gostosa tamanha conexão. Quem sabe feitos sob medida. E aí...!? EU, VOCÊ (NÓS), tranquilo, de boa, únicos, de verdade... Pra comprovar serem deliciosamente ridículas, todas as histórias de amor. E eu, de repente, a viver clichês, sendo ridiculamente feliz, preenchida por (NÓS), tijolo à tij

Ai se me dissessem...

Se me contassem, com certeza, o som emitido pela minha boca seria de uma sonora e deliciosa gargalhada, mas não, ninguém me contou. Um belo dia, decidi que seria feliz e ponto final. Um belo dia sorri ao espelho e resolvi cuidar de mim. Não é assim? Ame-se para depois ser amado? Pois bem! Sempre estive a imaginar que tudo não passava de um enorme clichê. Coisas ditas da boca pra fora. Errado. Errada, estava eu. Que bom! Passei muito tempo sem entender absolutamente nada, e de repente, tudo faz o mais completo sentido. A vida. Ai se me dissessem! Pobre de mim. Ai se me dissessem: Serás muito feliz! Gargalharia. E hoje não estaria assim... Com um belo sorriso que descobri fruto de mim, origem em ti, bem me faz você.

Desculpem

Aparentemente tudo se resume a quem eu acho que sou. Ou achava. Julgava saber. Não sou alguém que queiram por perto. Tenho palavras e reações agressivas. Um bicho. Não! Não um bicho! Um bicho é amoroso, um ser capaz de amar. Eu, aparentemente, não. Sou grosseiro. Rude. Recluso. Insociável. Não sei quem sou, ou achava ser todo esse tempo. Ao menos sei por que ninguém me quer ao seu lado. Agora sabido, quem sabe eu possa tentar acertar, ou me perder no abismo. Sabia que de alguma forma o problema era comigo. Só não sabia que machucava tanto assim. Não ser coisa alguma, e da mesma forma ferir. Não sabia que tudo podia ser visto do lado de fora da jaula. Não sabia que desta reclusão sangrava algo mais além de mim. Era pra doer só em mim... Desculpe! Eu achava que era, sim, só em mim... Minha intenção nunca foi ferir alguém mais. Desculpem! M.P. 27 abr. 2015

Clichê

Daí você se dá conta que nem tudo é um clichê. De que você, realmente, só vai dar valor quando perder, ou melhor, quando vir partir, aos poucos se afastar... Não gosto de clichês tornados letais. Estava parada ali, a ouvir ao longe o jogo de diálogos. As palavras que se cruzavam por entre olhos, mentes e bocas. Cercada de seres pensantes e delirantes. O gosto era bom! A sua mente mesmo, talvez não estivesse ali, não sabia ao certo. De repente, as palavras tornavam-se riso, e também isto era bom! Sorriu. Por pouco tempo, voltou. Interagiu. Olhou. Às vezes, outros olhos olhavam de volta... Às vezes, outros olhos requeriam atenção, para algo que estava sendo dito. Tão diferentes e tanto em comum... O não misturar de “núcleos” se faz misto sem perceber, alguns passos e estão todos ali, a debater. Percorrendo caminhos diferentes ao destino comum (inconsciente coletivo) – tudo converge à busca. Somos seres em ebulição. Todos se conhecem sem se pertencer... Não sei o que este

Eles não terminam comigo (nunca sei quando é o fim)

Corria, pois, já era avançada a hora. Porém, o bilhete numerado em sua mão lhe garantiria um lugar. Chegara. Sem muita dificuldade encontrou seu aconchegante assento. Ficara entre pessoas interessantes e, por ainda restarem minutos, conversou, conheceu, se encantou... Os três sinais soados pediam silêncio. Os três sinais soados diminuíam a luz. Os três sinais soados davam permissão de ver além das cortinas. Iniciou-se o espetáculo. Durante uma hora, uma hora e meia, esteve ali, envolvida. Aí então, o bailarino veio até a beira do palco, olhou diretamente para ela, e sorriu. Não reverenciou, a música não parou, a luz não se apagou... Veio a beira, olhou, e sorriu. Feito isto, as cortinas fecharam-se num baque, e a luz se acendeu. Não houve aplausos. Estava ali sozinha. Ninguém lhe disse adeus... Mal refeita, as luzes começaram a se apagar, uma a uma, indicando que já não era bem vinda. Hora de sair. Fim. Sem maiores explicações. Milene Paula

Dos relacionamentos que não tive...

O que se esperar de uma relação? Como se portar em uma relação? Cedo eu ou, cede você? Um doa mais que o outro? Um priva-se de SER para que possa SER o outro?... Não sei. Sei que, dos relacionamentos que não tive, aprendo, dia após dia, a me relacionar. Onde muitos zeram em redação, duvida-se que interpretem coisa alguma. A muito que não leem os sinais. A relação é virtual. E o toque é "screen"... O olhar não se ergue, então, como espiar o reduto da alma e dizer: "eu te amo" (é o novo "bom dia" não dado ao porteiro), convencional, cômodo. Dos relacionamentos que não tive respeito, ouço, zango, aconselho e espero. Sinais dos tempos. Tempo não visto, JUNTO. Tempo sabido, SÓ. Só damos valor quando perdemos pelo não conhecimento de que ganhamos. Relacionar é aprendizado, conquista, e muita paciência. Pois, andar junto requer sincronização, tropeços, auxílio, espera. E não se espera por mais nada... Tudo é pra ontem. E ontem, você deixou passar sinai