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Mostrando postagens de setembro, 2014

SEM DEDICATÓRIA

Eu sou assim. Poema sem dedicatória. Palavras sem destino algum. Emudecida de um sentir privado. Não gostando por proibição. Ensaiando diariamente estar bem, pois, não caibo no propósito. Não caibo em pulsação. Só. Na ilusão do ainda acreditar. Tentar... Coitada... Eu sou assim. Palavras não ditas e decifradas. Eterno trilhar solitário. Noite. Poemas vãos. Olhares não mais cruzados. Segredos não confessos. Nenhum roçar de mãos... Mandam. Obedeço. “Não quero você!” Não precisou nunca ser dito por boca. Vêm em não gestos. Vem em não estar. Vem em forma do não querer de ti – Eu... Sou assim. O ninguém de muitos alguéns. Poema sem dedicatória. Noites em solidão. Pura compreensão de estar só. Milene Paula