Como estou? Quem se importa? Afinal, é frescura. Um mal humorzinho á toa. Uma desculpa para gritar, xingar, deixar de fazer... Quem dera fosse... Uma palavra entoada diferente – e choro. Um olhar na direção contrária da esperada ou não – e raiva. Uma entrelinha mal traduzida – e briga. É muito mais que um período de “tensão” pré-menstrual, que no meu caso, perdura durante. Portanto, é tensão pré, durante e, às vezes, pós-menstrual. O pior estado de espírito que pode existir. Difícil acordar e não saber como reagirá às coisas. Difícil não compreender-me além do convencional. Difícil ser incógnita, embora, alguns achem que é personalidade forte, ou coisa do tipo. Difícil chorar, rir, odiar, amar, evitar, sumir, gritar, calar, deprimir... num único suspiro. Uma vez por mês receber uma descarga hormonal de-ses-tru-tu-ra-do-ra. Um tsunami contido num corpo feminino, num corpo humano. Um desastre “natural”. Mesmo? Natural? Não é nada natural querer que as pessoas morram. De