Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2013
Aaaaaaaaaaaah! Estou exalando palavras hoje! Ainda não pude localizar a fonte. Não sei onde está você... Tornei-me suspiros. Um não-sei-o-quê de TPM sentimental e ruim. Logo um mar-morto-em-sangue-meu. Minha única verdade. O sangrar fiel mês a mês. Ontem aninhada em braços quentes. Hoje vomitando palavras enquanto não suporto nem sequer minha companhia. Talvez seja sorte estar sozinha... Não! Sei que é covardia mesmo. Quisera ser brava guerreira a tomar pra si o cavaleiro que se senta no mesmo canto da taberna todas as noites. Ainda estou aqui! Não passou! A vida é a única que passa e corre me julgando uma maratonista, ignorando o tamanho de minhas pernas e meu preparo físico. Dizem que o fardo nunca é maior... Continuo carregando. De vez em quando dou-lhe socos. Paro quando sangra a boca e dói a boca do estômago e a vista do espelho parece muito ruim. Por que não? Apenas me diz. Milene Paula / Lisbella Lispectra

Procurando

Estou procurando e a muito que me perdi na procura. Durante sabe! Distraindo-me com coisas menos importantes. Seduzindo-me por palavras não suas. Acreditando em futuros não meus. Estou procurando e o coração já está pequeno de tão contraído. Arranquei gavetas / Desarrumei estantes / Espalhei CD’s Estou procurando e as letras não correspondem, formam palavras que não posso compreender independente da presença de meus óculos Estou procurando e dei por notar seu não estar, quando sempre creditei estar – aqui... Estou procurando, não sei o quê, não sei pra quê, não sei... Sei que preciso encontrar. Embora desgaste esta procura. O que se encontra sem querer. Descobertas da não procura – fatos que revelam – quem é você? Estou procurando, me diga – é insano? Querer encontrá-lo no meio do mar? Lisbella Lispectra

Mil faces de mim

É com um suspiro que se iniciam alguns textos. Travo diariamente uma batalha silenciosa comigo. Diálogos infindos, brigas, conselhos, repreensão. Os textos são sobre mim na maioria das vezes. Partes. Mil faces de mim... É to-tal-men-te aplicável a mim – “não é você, sou eu”. Porque sou EU quem não sorri, quem não fala, quem não age, quem sempre compreende um segundo depois... A pessoa que estará sozinha a alimentar suas personagens, acenando da janela para a felicidade, vendo a chaleira fumegar no acampamento. Não sei como mudar isso. Tudo o que sei, é que dói. Dói muito. Ver no fundo de teus olhos que espera algo de mim. E eu não encontrar a chave ON/OFF, o estado VIVO, não saber a pronuncia das palavras. Olhar através da fechadura e ver um corpo não MEU deitado ao lado SEU a dormir nos braços MEUS pertencentes a VOCÊ. Olhar através da fechadura e ver outro a realizar meu desejo por ser eu um covarde na arte de tentar. Olhar através da fechadura e e
Espanta tamanha similaridade. Sonhos, desejos, sons... Um VIVO e o outro MORTO, estagnado, mais repleto da mesma vontade. O gritar trancafiado na alma que se liberta em doses homeopáticas carregado de enigmas chamados... palavras. Arrepia ser tão igual e exatamente OPOSTO. Mesma ALMA que compartilha um outro CORPO... A certeza de se ver, não como reflexo, como um todo fazendo morada no mar de seus OUTROS olhos. Olhar pra si e ver VOCÊ. Lisbella Lispectra

Cabeça cheia

É durante a noite que a mente fervilha. O dia com suas intervenções, performances, instalações, trilhas sonoras impedem a mente de dizer, ela limita-se a consumir, e nesse consumo ensandecido ela arde sem saber e durante a noite desmistifica o querer. Durante a noite arde e as chamas transpassam o crânio, sangram a pele, criam cicatrizes, as ideias tornam-se palavras, às vezes, com significado algum... Enigmas ocultos no não dizer...  Um sujeito que passa o dia a ouvir, absorver, mudo... Basta o surgir da lua e ele pôe-se a acreditar que tem algo a dizer. Que vão parar por um segundo e compreender tudo o que dançou na mente durante a osmose do dia. Durante sua inércia de vida. Sua dúvida, seu medo, sua dor, seu não ser... Os verá passar, dizer, sonhar, cantar, amar, criar e, o ignorar durante mais um dia, para voltar a arder em chamas falantes pela noite achando ser qualquer coisa que compreende o mundo.  Lisbella Lispectra

Inveja

Invejo quem vive Invejo que se apaixona  Invejo quem não se preocupa, simplesmente vai lá e faz  Invejo quem chora  Invejo quem ri de tudo e pra todos  Invejo quem sonha e é ousado o suficiente para torná-lo real  Invejo quem diz o que pensa e na hora certa  Invejo quem vive grandes amores  Invejo... e tudo o que vejo é que possuo é um pecado capital

Não

- Não.  - Não o quê?  - Nada. Só não.  - ?  - Não.  - O quê?  - Não sei! Só não.  - Oras!  - Não.  - Chega! Resolve logo isso!  - Não! Não há o que resolver!  - Não?  - Não.

O último e melhor gole

Ando desbravando silêncios...  Caminho em busca de coisas - a mim, inalcançáveis  Quero encontrar-me no fundo dos seus olhos castanhos  Tornar o sonho de todas as noites/tardes/dias... real  Escrever em ti a poesia que é para ti, boêmio de meu bar  Dedicar-lhe o último e melhor gole de meu vinho barato  A ti, que és poesia minha, saber meu – desejo  Sufocar debaixo dos escombros de teu corpo num prazer secreto  Não perder pro medo, nem dar sopa pro azar  Quanta bobagem vinda de um covarde  Terminadas estas linhas vou almoçar  Com o sonho da tarde que caminha pra noite e me desperta para o alvorecer  Sem imaginar quando saciada estará a fome, como. Abro outra garrafa de vinho e dedico-lhe o último e melhor gole.

Vômito

Há um estranhamento em pensar na escrita como um vômito. Mas, o que seria? Senão, vômito. Jorro de emoções aprisionadas no âmago.  Enfia-se o dedo na garganta e expele, deixa que saia. Dizem que a sensação será muito melhor... E o é. Sempre é quando se diz... Quando se vomita e aquilo que te faz mal ou te incomoda ou te cutucou de alguma maneira, sai. E você se depara com todas as letras, frases, verbos, versos esparramados ali na sua frente, fétido, e os limpa da maneira que melhor couber no momento.  Enfiar o dedo na garganta. Enfiar o dedo na ferida. Mostrar o dedo... Tudo isso organizado com jeito, diz. Embora não passe de vômito. Ideias que necessitam de um modo para se esparramar e se fazer ver, entender, compreender, ouvir... Vômito. E as pessoas só visualizam o processo final.  Milene Paula

(...)

Precisando tanto de um lugar pra me consumir a mim... assim mesmo, redundantemente, pleonasticamente, me consumir a mim... Morrer. E se, e quando quiser retornar...  Tentando com as últimas forças, aquele momento que dizem – esperança, (re)erguer e com um fio de cada lado de meus lábios – sorrir... acreditar...  Ouvir por alguns instantes o mundo calado. Pois, existem silêncios para serem ouvidos, descobertos, despertos dos sonos profundos do (des)querer/querer você, ir além...  Existem tempos que são traduções literárias, descrições da alma... Existem tempos para não serem reconhecidos, por isso, morrer, calar, sonhar, se lhe convêm...  Algo está muito errado. Ao fechar os olhos não sei ser... A que habita seus sonhos, a que toca seus lábios, a que tem seu riso dedicado... Não sei amar você...  Lisbella Lispectra

Desabafo fútil...

1º momento: pequeno furdunço logo de manhã. Mas isso é previsível quando se habita um local onde cabe-se poucos já quando organizado, imagine quando não... 2º momento: estava bem. Fui ao meu compromisso. Mais uma criança para esse 2013... Sinto que estou rodeada delas pra onde quer que eu olhe.  3º momento: precisava comprar umas coisas. Cheguei a comprar algumas, não todas que precisava e, surpreendi-me notando que não poderia. Me entristeci... 4º momento: caminhando... Gosto de caminhar e, o preço do transporte, dito público, agrega muito a esse gostar... Tomei chuva. Sombrinhas não protegem ninguém da chuva. Molhei meus pés... Aí, por um lampejo de pensar, lembrei que tenho que comprar um tênis, daí lembrei do 3º momento, aí voltei a ficar triste... Como estou me sentindo hoje? Deprimida e incapaz... Dói saber que preciso de muito pouco para sobreviver e não ser provida nem mesmo desse pouco que é muito, tá foda!

Fechado para balanço

Não fiz um balanço de final de ano, de transição... Sempre tive uma agenda para finalizar, concluir, neste ano não tive... Deixei de ter documentado alguns fatos, deixei de relembrar as boas coisas e as ruins edificantes.  Passei por algumas promessas de fim. E 2012, assim como outros, não terminou, seguiu. Agora eis-me aqui, adentrando outros doze meses... Até os dito fins são ilusórios... O ano não foi ruim. Nunca o é de todo. Amadurece-se mais do que se é feliz, no meu caso. Terminei com algumas vontades e começo com tantas outras. Não prometo, não planejo, não espero. A muito deixei de criar expectativas. Estou incapaz até de me surpreender. Triste!? Não. Real. E piora com o avançar dos anos. Numerologicamente iniciamos um ano 6 (2+0+1+3) = família, relações afetivas. É o que me permite progredir – família, amigos... e agradeço todos os dias por isso. O meu ano pessoal será regido por um número mestre. Não penso sobre isso, mais gosto de pensar em boas energias, em não negativid

Busca por...

Quisera ser capaz de me apaixonar todos os dias... Saber brilho no olhar / Saber luz do Sol / Saber noites de luar / Saber canções de amor  Quisera (re)inventar, (re)criar, (re)encontrar, algo em linhas, entrelinhas... algo entre o (res)PIRAR vindo de ti que não consegue me creditar, por eu ser desprovida da essência da vida, por não enxergar o mundo de lado nenhum... Quisera ser o não existir... Ah! Esse eu sou. O não existir. O não interpretável. A literatura perdida... Embora seja oca, inerte, desprezível, indesejável... Iludo-me. Apaixono-me por ti letra a letra. Apaixono-me por ti a cada vento que toca seu rosto em sua doce liberdade. Apaixono-me por ti na fumaça que de tua boca sai por tuas narinas. Apaixono-me por ti nas canções de blues... Apaixono-me por ti quando os pés descalços tocam o chão / Quando a Lua do alto sorri / Quando diz não e sei que é sim ou, quando nada diz... Sabendo ser poesia minha... Quisera ser capaz de me apaixonar todos os dias por ti que sem saber me c