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Mostrando postagens de agosto, 2012
_Qual a sensação do olho no olho? _... _Aquele instante em que se cruzam os olhares? _... _A vontade que não precisa ser expressa? _... _O sorriso que representa o melhor acontecimento do mundo? _... _Explique-me esse querer tão bem? E estar tão bem ao lado de alguém? _... _O mover ritmado dos lábios sincrônicos? _... _Qual a sensação da pele sendo roçada? _... _Como o silêncio pode conter todos os segredos? Se não se diz absolutamente nada? _... _Por que basta estar perto contentando-se com o pulsar do coração? _... _Não, não diga nada! Não sei se posso lidar com as coisas que desconheço! _... _Não! Nunca cheguei próximo do que dizem ser amor!
Não está bastando o grito mudo. Os pensamentos obscuros só servem para desfazer o lençol sem que adormeça. A cabeça está prestes a explodir. Desistiu de falar. Não há quem ouça. Cansou dos que apenas ouvem mais não escutam. Muitos não sabem a diferença. As lágrimas apenas lubrificam os olhos. Na mente só sonhos desconexos e conturbados. Uma luta interior que não ousa vivenciar. Preocupa-se, pois sabe que são todos seus fantasmas. Suas rimas podres, seus dias de socialização. Quem dera poder ser feliz sozinho! Quem dera experimentar o sabor! Quem dera ser outro aos olhos de outro! Quem dera esquecer, deitar e sonhar! Milene Paula
Como não sentir minha falta? Olho meus desenhos, meus textos, minhas fotos e sinto falta de mim. Da poesia, da criatividade, da simplicidade. Cresço e deixo coisas boas pra trás. Como fazer para que isso não ocorra? Para carregar comigo as boas partes de mim? Até chorar é preocupante. Não sei o que estou perdendo junto as lágrimas. Preciso de tudo que caracterize eu, dentro de mim. Tenho guardado coisas banais a outros olhos mas, essenciais a minha sanidade. Ressurge um brilho em meus olhos cada vez que as encontro ao acaso entretida em outras buscas. A ideia não é voltar para trás, é seguir sem perder a identidade. Sem ser engolido pelo fator social. Sem que um dia me olhe no espelho e não saiba quem sou. Não por doença mais por uma memória não construída pelas peças fundamentais não agregadas a mim. Milene Paula